Uma nova vida após a reforma: a jornada empreendedora da “avozinha Ngau Ngau”
A “avozinha” Wong Pui Lan é a fundadora do “estabelecimento de comidas Ngau Ngau. Quando começou a fazer balichão, fazia-o apenas para oferecer aos seus parentes e amigos. Embora confeccionado de forma simples, este produto recebeu inúmeros elogios, o que deu à “avozinha” a confiança necessária para, após se ter reformado, abrir o seu próprio negócio. Posteriormente, o seu balichão começou a ser vendido em frascos, no que se diz ter sido a primeira loja a vender o produto neste formato naquela época.
O balichão da Ngau Ngau
A fundadora, Wong Pui Lan
O sonho de criar uma marca célebre em Macau e Hong Kong
A “avozinha Ngau Ngau”, que havia vivido no Myanmar, mudou-se para Macau em 1971 e aqui trabalhou como funcionária numa escola durante mais de dez anos. Após se reformar, era sua esperança concretizar o seu sonho de abrir o seu próprio negócio de venda de sopa de peixe com massa e balichão. Na altura de escolher o nome da sua marca, a “avozinha” optou por Ngau Ngau, sendo que “Ngau”, que significa “boi”, é um símbolo de trabalho árduo.
Um talento empreendedor
A “avozinha Ngau Ngau” revelou grande talento para o negócio. Há muitos anos, numa altura em que o ramen japonês ainda não era bem conhecido em Macau, a sua neta costumava fazer birra para que a levassem comer tonkatsu ramen. A “avozinha” ficou bastante curiosa acerca do modo de confecção do tonkatsu (costeleta de porco) e, após muitas tentativas, conseguiu encontrar o segredo da carne na sua cartilagem escamosa. Juntando-lhe algumas especiarias típicas do Myanmar como base, criou uma fusão de sabores sino-birmaneses que serviu para desenvolver com sucesso um dos petiscos que são imagem de marca da “Ngau Ngau”: a costeleta de porco com caril birmanês.
Recorda a “avozinha” que, quando abriu o seu próprio negócio na Rua do Bispo Medeiros durante os finais da década de 1980, a conjuntura económica era bastante instável. Por esse motivo, foi frequentemente obrigada a transferir o negócio de um lado para o outro. Porém, como fruto do seu trabalho árduo, o negócio foi crescendo em visibilidade, viajando de boca em boca. Após ganhar fama em Macau, a Ngau Ngau começou a ser visitada por muitos clientes de Hong Kong e do Interior da China que vinham de propósito para visitar a loja. Alguns destes visitantes acabavam mesmo por levar consigo o balichão da Ngau Ngau para vender nas suas lojas de recordações em Hong Kong e no Interior da China.
Rodelas de alho selecionadas
Rodelas de alho fritas
Uma receita cheia de sinceridade
E já que falamos em balichão, poderá parecer que o seu fabrico artesanal é simples e que qualquer birmanês é capaz de o produzir. Porém, não é fácil compreender a sua essência. Neste aspecto, os petiscos Ngau Ngau são mais que capazes de fazer justiça a essa complexidade no seio da simplicidade. No Myanmar, o balichão é geralmente feito com o melhor camarão seco, cebolas secas, alho, pimenta e pasta de camarão, resultando numa pasta de camarão húmida. A Ngau Ngau faz uso sempre das melhores matérias-primas, de receita da família e de um processo de produção tradicional: começando com as chalotas cruas, estas são cortadas, secas e fritas numa frigideira. Em média, 4 quilos de cebolas cruas resultam apenas em 1 quilo de cebolas secas, o que não é muito rentável. Os dentes de alho têm de ser lavados com água, escorridos, fritos e esmagados. Cada frasco de balichão foi feito com amor e sinceridade. Após tantos anos ao leme do negócio, a “avozinha” começou finalmente a sentir o peso de tanto trabalho, ficando doente por caída das vértebras do disco. A fim de dar continuidade ao negócio, o sucessor de segunda geração, Lei Yo Wa, resolveu em 2007 abandonar o seu emprego original e dedicar-se à administração da Ngau Ngau, função que mantém actualmente.
Lei Yo Wa, responsável da segunda geração
Loja situada na Rua da Erva
A segunda geração assume o comando da marca
Actualmente, o mercado dos petiscos Ngau Ngau é essencialmente Macau e Hong Kong. Nos últimos anos, têm surgido diversas oportunidades de negócio na área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, e os filhos da “avozinha” admitem que tencionam entrar no mercado do Interior da China. Lei Yo Wa está agradecido ao Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM) pela ajuda oferecida através do seu Macao Ideas, que organizou diversas sessões de bolsas de contacto e palestras de negócios, provando-se muito importantes para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas de Macau. Afirma também que as várias exposições organizadas pelo IPIM são de grande ajuda à entrada dos produtos e marcas de Macau no mercado do Interior da China e espera que, no futuro e com o apoio efectivo do IPIM, a Ngau Ngau também seja promovida para um novo patamar.
Actualmente, o marketing e a promoção da marca Ngau Ngau no mercado do Interior da China estão a cargo da filha Lei Ut Sim. Com vista a promover, de forma melhor, a marca, Lei Ut Sim não só ajusta o sabor de balichão conforme preferências dos clientes do Interior da China, como também participa activamente em várias exposições, transmissões ao vivo de celebridades online e promoção através de canais multimédia, etc., tudo para tentar construir uma forte reputação para a marca Ngau Ngau no Interior da China.
Participação em transmissão ao vivo durante exposições
(imagem disponibilizada pela empresa)
Transmissão ao vivo
(imagem disponibilizada pela empresa)
Ponto de venda na Broadway Macau
(imagem disponibilizada pela empresa)
Participação na Sessão de Bolsas de Contacto "Negócios Comuns - Congregação" sob a organização do IPIM
Caso tenha interesse em contactar e cooperar com a empresa mencionada, por favor contacte os funcionários do “Macao Ideas” durante o horário de expediente.
Tel:
Sra. Cheang +853 8798 9707
Sra. Chong +853 8798 9739
Email:
fionacheang@ipim.gov.mo
elizachong@ipim.gov.mo